Neuromarketing é a junção das palavras: marketing e neurologia. O Conceito foi criado com o intuito de entender a influência neurológica que algumas ações de marketing têm no processo de compra do consumidor.
Você já deve ter se perguntado, sobre o que leva um consumidor a se decidir por um produto ou serviço. Mas será mesmo, que existe apenas um fator determinante que influencia no comportamento do consumidor?
Se fizermos uma enquete perguntando qual seria esse fator, provavelmente não teríamos um consenso. Alguns falariam preço, outros qualidade.
Respostas essas, baseadas em conclusões subjetivas, o que não nos ajuda muito na hora de estruturar um processo de marketing e vendas.
Por isso, neste artigo nós vamos entender a ciência capaz de nos dar respostas conclusivas sobre a maneira mais eficiente de impactar nosso potencial cliente.
Você vai entender o conceito e aprender dicas práticas de como aplicar o neuromarketing nas suas estratégias de marketing.
O que é Neuromarketing
O Neuromarketing visa estudar as reações que acontecem no cérebro humano, quando exposto a uma oferta. O objetivo é entender porque o consumidor escolhe uma marca, produto, serviço e até mesmo, se tornar um cliente fiel.
Mas esse estudo não é baseado em informações explícitas como feedbacks, pesquisas de satisfação ou comentários em redes sociais.
A ideia é entender as motivações não racionais. Pois o processo de tomada de decisão começa no subconsciente, quando determinados estímulos ativam partes específicas do cérebro.
Saiba que o cérebro humano pode ser dividido em 3 partes:
Reptiliano:
Controla tudo relacionado a nossa sobrevivência, como a respiração, batimentos cardíacos, e é ativado por emoções primitivas como medo, raiva e fome, por exemplo.
Límbico:
Controla emoções mais complexas e é ativado pelos cinco sentidos.
Neocórtex
Controla o raciocínio e nosso lado social.
Acreditamos que o Neocórtex é responsável pelas nossa tomadas de decisão, já que ele controla nosso lado análitico e lógico. Mas, na verdade, estímulos externos como, cheiros, sons, propagandas, e interações com outras pessoas, vão ativar nossos sistemas reptiliano e límbico.
O que o Neocórtex faz, é simplesmente racionalizar a decisão tomada nos outros estágios. Por isso temos a sensação que nossa escolhas são 100% lógicas.
Segunda um estudo da AAAS (Associação Americana para o Avanço da Ciência) o ato de escolher é dividido em partes:
1 – O cérebro decide o que vai fazer (essa decisão aparece na consciência, dando a sensação que foi uma escolha racional)
2 – Você age de acordo com a decisão tomada.
Imagine se você tivesse que enviar um estímulo consciente para fazer seu coração bater ou para respirar. Provavelmente isso consumiria toda a sua energia e você não conseguiria fazer mais nada.
Além dessas decisões básicas, outras também acontecem no “piloto automático”. É exatamente isso que o Neuromarketing propõe, conhecer melhor o funcionamento do cérebro e usar estratégias de marketing que acionam as emoções. Ou seja, cérebro límbico e reptiliano.
Como funciona o Neuromarketing na prática
Não é preciso investir em estudos caros ou contratar neurocientistas para aplicar algumas técnicas de Neuromarketing.
Nós vamos te mostrar algumas melhorias simples para você aplicar hoje mesmo, no seu site, nas suas copys ou nos seus produtos, para impactar a sua persona.
Storytelling
Nós já fizemos uma artigo completo sobre storytelling. Mas, basicamente, storytelling é contar histórias interessantes. Esse recurso é muito utilizado a tv, no cinema e claro, no marketing.
É a habilidade de contar histórias utilizando recursos audiovisuais, mas não necessariamente em forma de texto. Use elementos como personagens, conflitos, ambientes e reviravoltas.
Isso vai ajudar a transmitir, de forma inesquecível, uma mensagem que venderá de maneira indireta, com caráter persuasivo.
Não precisa ter nascido com talento de escritor para aplicar o storytelling na sua comunicação. Inclusive, é possível aplicar elementos do Storytelling nas abordagens comerciais.
Tudo é uma questão de tornar a sua persona o protagonista da sua história, mesclando mensagem, ambiente, personagens e conflito. Acesse o nosso passo a passo e entenda como fazer.
Imagens mais do que palavras
A maioria das pessoas preferem conteúdos visuais do que palavras, até porque nosso cérebro compreende imagens com mais facilidade do que palavras. Portanto, use imagens relacionadas para persuadir.
Pode ser a foto do produto que você vende, ou uma sintetização visual que passe o conceito da sua mensagem. Isso explica porque as redes sociais são essencialmente visuais, como o Instagram.
Pessoas
Nós nos relacionamos bem com rostos de pessoas, pois somos seres sociáveis e interagimos com muita gente durante o dia.
Um rosto agradável e sorridente costuma atrair a nossa atenção, assim como bebês olhando diretamente para nós. Temos uma tendência a corresponder situações como essas.
Teoria das cores
Você sabia que nós julgamos, inconscientemente, um produto ou ambiente dentro de 90 segundos? E 62% desta avaliação é baseada nas cores?
Por isso, estude a sensação que quer passar com a sua marca, com a embalagem do seu produto, no site, no ambiente ou em qualquer outra forma de comunicação.
Layout do site
Use fontes simples no seu site e nos anúncios. Fontes que facilitam a leitura funcionam melhor na hora de convencer o consumidor. Quanto mais fácil for para a pessoa tomar sua decisão, maior será a chance efetuar a venda.
Portanto, fique atento também a usabilidade do seu site. Além de responsivo, ele precisa ter as informações bem dispostas. O usuário precisa acessar e rapidamente entender do que se trata, o que sua empresa faz, onde fazer contato e como acessar suas redes sociais e conteúdos.
Você pode usar mapas de calor e fazer testes A/B para entender como o visitante está se comportando com os elementos do seu site.
Gatilhos mentais
Como todo esse conteúdo gira em torno de estímulos mentais, não podemos deixar de falar dos gatilhos mentais. São armas poderosas de persuasão que podemos usar em abordagens de vendas, emails, cartas de vendas, textos das páginas e em qualquer outro tipo de comunicação.
Veja abaixo os principais gatilhos mentais:
1 – Medo da perda
“É melhor não perder do que ganhar”. Você prefere ganhar 500 reais ou não perder 500 reais?
Talvez você prefira ganhar, mas o neuromarketing já mostrou que a maioria das pessoas prefere não perder do que ganhar essa quantia. Isso porque o ser humano tem aversão à perda.
2 – Escassez
E falando em aversão a perda, esse é outro gatilho que funciona muito bem. Nós tendemos a dar mais valor ao que é escasso e não queremos correr o risco de perder uma oportunidade.
Quer ver um exemplo prático? É só imaginar se o título desse artigo fosse: “Neuromarketing: Leia antes que esse artigo saia do ar.”
3 – Prova Social
Uma outra poderosa forma de persuasão, é o gatilho da Prova Social. Visto que mostrar pessoas consumindo um produto ou serviço costuma atrair mais clientes.
Em suma, nós somos seres sociais, portanto, costumamos concordar e acreditar na maioria.
Reúna depoimentos verdadeiros de clientes que já consumiram o seu produto. Podemos te garantir que as suas vendas vão aumentar se você usar testemunhos de clientes satisfeitos.
4 – Autoridade
Atrelada a prova social, temos o gatilho da Autoridade. Se as pessoas veem ou ouvem outras falando bem de você e do seu produto, acreditarão com mais facilidade nas suas ofertas de vendas.
5 – Reciprocidade
A sensação mais clássica de reciprocidade, é quando nos sentimos “forçados” a retribuir alguém por um presente recebido.
O marketing de conteúdo trabalha muito bem com esse gatilho. Pessoas que recebem sequências de conteúdo de qualidade, que geram valor para a vida delas, geralmente se sentem impulsionadas a retribuir.
Quer saber mais como elaborar uma estratégia de marketing baseada em conteúdo de valor e conquistar uma verdadeira legião de clientes fiéis? Então, baixe nosso ebook gratuito sobre Inbound Marketing.
Ancoragem de preço
O preço não é o único fator que influencia na decisão de compra, mas sem dúvida é essencial. E a primeira informação que o consumidor recebe, em relação ao preço, pode ser determinante para a decisão.
Estudiosos de Neuromarketing descobriram que a mente humana não é boa em avaliar produtos ou serviços de acordo com seus valores intrínsecos.
O que isso quer dizer?
Basicamente, para avaliarmos se algo é barato ou caro, usamos a comparação. Imagine que sua empresa tenha vários serviços para oferecer, e você decide fazer um pacote especial com alguns desses serviços.
Para alavancar as vendas, você pode mostrar quanto cada serviço custaria separadamente, dando destaque na soma do investimento que o cliente teria que fazer.
Após isso, você oferece um valor mais baixo do que essa soma, destacando o desconto se a pessoa aproveitasse o pacote especial.
Você pode fazer essa ancoragem usando também o serviço da concorrência, oferecendo um bônus exclusivo, por exemplo.
Conclusão
O objetivo do Neuromarketing é mergulhar fundo na mente do consumidor para entender as necessidades do cliente e aumentar as vendas. Mas não confunda persuasão com manipulação.
O objetivo aqui é satisfazer ambas as partes, agregando valor aos produtos, serviços e marcas, valorizando a experiência do cliente e sua relação com a empresa.
As técnicas de neuromarketing podem trazer resultados expressivos para o seu negócio. E lembre-se o cliente deve ser tratado como o foco principal e os métodos devem ser usados de forma ponderada.
Espero que tenha entendido todo o conceito do neuromarketing e suas aplicações comerciais.
Se quiser saber mais como implementar um processo de marketing que vai mergulhar no íntimo da mente do consumidor e potencializar suas vendas, marque uma reunião com nosso time de especialistas.